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A VIOLÊNCIA E O EGOISMO
Posted by Presta Atenção nos textos e dicas
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16:01
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Comportamento,
Comportamento Texto Próprio.,
Empatia
Esta semana o filho da empregada de minha casa foi morto, ele tinha apenas ou já dezesseis anos, dependendo de quem lerá este texto.
Ele foi torturado por toda a noite e depois foi executado na rua a caminho de casa com vários tiros, o corpo no chão era de um filho, de uma criança, de um jovem, de um rapaz, de mais um, de um marginal ou de um bandido, mais uma vez dependendo de quem esteja lendo este texto.
A violência da notícia, confundindo o entendimento de uma mãe, a dor, o desespero, a angustia de alguém tão perto reverbera em nossa alma, nos comovendo e nos apavorando. De certa forma a violência, tão comum nos tempos atuais, tão cotidiana nas rádios, TVs, jornais, redes sociais e aplicativos, mesmo assim ainda distante; agora esta ali, em alguém tão próximo.
Quando a noticia nos chegou, não sei se numa tentativa inconveniente e covarde de não ser aquilo mesmo, torcemos que tivesse sido apenas um mal entendido e não tivesse sido o filho da “nossa” Vera, e quase que instantaneamente vem aquela autoavaliação profunda e a vergonha de estar torcendo para que o mal tenha sido em outro endereço e logo penso como a VIOLÊNCIA vai para além do físico, do material, pois lá estou eu torcendo silenciosamente que aquela dor fosse à outra pessoa que não fosse tão perto de nós, tão dentro da nossa casa.
Veio-me a cabeça quantos, nestes tempos tão recentes, tem tratado de forma simplória e até banal, com soluções efervescentes até (destas que basta meio copo d’agua) o fim de um MAL, mal este que ainda não temos tanta definição para separá-lo de outros tantos maus e males que temos no Brasil e no mundo, acho até que a violência esta banalizada e é hoje tão banal justo por termos tornado comum a execução sumária como um jeito de resolver as coisas.
Então me pergunto que “jeito”? Quais “coisas”? E quem são os bandidos?
Estamos em tempos estranhos em que os sentimentos se dividem entre anestesia ou esquecimento e medo.
A VIOLÊNCIA é menor desde que seja em outro endereço ou virtual e a dor seja em que não conheço, prevalecendo minha “segurança” do/no EGOISMO.
No “de olho por olho’ nos tornaremos um mundo de cegos”.
Ah, e se você leu todo texto, mais querendo saber sobre o que aconteceu ao jovem, com o quê ele estava 'metido' para tal violência, antes que juguem, o rapaz foi torturado e morto por estar namorando a ex-namorada de um traficante do bairro...
Ele foi torturado por toda a noite e depois foi executado na rua a caminho de casa com vários tiros, o corpo no chão era de um filho, de uma criança, de um jovem, de um rapaz, de mais um, de um marginal ou de um bandido, mais uma vez dependendo de quem esteja lendo este texto.
A violência da notícia, confundindo o entendimento de uma mãe, a dor, o desespero, a angustia de alguém tão perto reverbera em nossa alma, nos comovendo e nos apavorando. De certa forma a violência, tão comum nos tempos atuais, tão cotidiana nas rádios, TVs, jornais, redes sociais e aplicativos, mesmo assim ainda distante; agora esta ali, em alguém tão próximo.
Quando a noticia nos chegou, não sei se numa tentativa inconveniente e covarde de não ser aquilo mesmo, torcemos que tivesse sido apenas um mal entendido e não tivesse sido o filho da “nossa” Vera, e quase que instantaneamente vem aquela autoavaliação profunda e a vergonha de estar torcendo para que o mal tenha sido em outro endereço e logo penso como a VIOLÊNCIA vai para além do físico, do material, pois lá estou eu torcendo silenciosamente que aquela dor fosse à outra pessoa que não fosse tão perto de nós, tão dentro da nossa casa.
Veio-me a cabeça quantos, nestes tempos tão recentes, tem tratado de forma simplória e até banal, com soluções efervescentes até (destas que basta meio copo d’agua) o fim de um MAL, mal este que ainda não temos tanta definição para separá-lo de outros tantos maus e males que temos no Brasil e no mundo, acho até que a violência esta banalizada e é hoje tão banal justo por termos tornado comum a execução sumária como um jeito de resolver as coisas.
Então me pergunto que “jeito”? Quais “coisas”? E quem são os bandidos?
Estamos em tempos estranhos em que os sentimentos se dividem entre anestesia ou esquecimento e medo.
A VIOLÊNCIA é menor desde que seja em outro endereço ou virtual e a dor seja em que não conheço, prevalecendo minha “segurança” do/no EGOISMO.
No “de olho por olho’ nos tornaremos um mundo de cegos”.
Ah, e se você leu todo texto, mais querendo saber sobre o que aconteceu ao jovem, com o quê ele estava 'metido' para tal violência, antes que juguem, o rapaz foi torturado e morto por estar namorando a ex-namorada de um traficante do bairro...
João Lopes de Melo Neto - em 1º de março de 2019